A neurose obsessiva é um distúrbio psicológico que se caracteriza por obsessões e compulsões que podem interferir significativamente na vida diária da pessoa. As obsessões são pensamentos recorrentes e indesejáveis que geram ansiedade e angústia. Já as compulsões são comportamentos repetitivos que a pessoa sente que precisa fazer para aliviar a ansiedade causada pelas obsessões.
Pessoas com neurose obsessiva podem ter obsessões sobre limpeza, segurança, simetria ou organização, entre outros temas. Elas podem se sentir compelidas a fazer rituais específicos para lidar com essas obsessões, como lavar as mãos várias vezes ao dia, verificar várias vezes se a porta está trancada ou contar objetos repetidamente.
Esses comportamentos obsessivos e compulsivos podem interferir significativamente na vida diária da pessoa, pois podem consumir muito tempo e energia, interferir em suas relações interpessoais e prejudicar o desempenho no trabalho ou na escola.
A causa exata da neurose obsessiva não é conhecida, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais possam estar envolvidos. O tratamento geralmente envolve terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a pessoa a identificar e mudar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais e podendo ter passado por psiquiatras para avaliar medicamentos, como antidepressivos e ansiolíticos, que podem ajudar a reduzir a ansiedade.
É importante notar que a neurose obsessiva não deve ser confundida com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), que é um distúrbio diferente com características semelhantes. O TOC é um transtorno de ansiedade que se caracteriza por obsessões e compulsões que são mais intensas e invasivas, e podem levar a comportamentos que interferem significativamente na vida diária da pessoa. O tratamento do TOC também envolve terapia cognitivo-comportamental e medicamentos.
De acordo com a visão psicanalítica, a neurose obsessiva é uma manifestação de conflitos internos que ocorrem na mente inconsciente da pessoa. Esses conflitos podem estar relacionados a traumas ou experiências passadas que geraram sentimentos de culpa, medo ou ansiedade.
Na neurose obsessiva, a pessoa desenvolve uma defesa psicológica conhecida como “formação reativa“, em que a pessoa tenta suprimir os pensamentos indesejados ou impulsos inaceitáveis, substituindo-os por pensamentos e comportamentos opostos.
Por exemplo, uma pessoa que tem pensamentos obsessivos sobre violência pode tentar compensar esses pensamentos sendo excessivamente pacífica.
A terapia psicanalítica busca entender os conflitos subjacentes à neurose obsessiva, trabalhando com a pessoa para explorar seus sentimentos e pensamentos inconscientes. O objetivo da terapia é ajudar a pessoa a se tornar consciente desses conflitos e, assim, reduzir a necessidade de comportamentos obsessivos e compulsivos.
A psicanálise acredita que a neurose obsessiva é causada pela repressão de desejos e emoções inconscientes. Esses desejos e emoções são expressos por meio de pensamentos obsessivos e compulsões. A terapia psicanalítica procura identificar os desejos e emoções reprimidos, ajudando a pessoa a compreendê-los e a encontrar formas mais saudáveis de expressá-los.